inovação de produtos digitais
Por que o UX é essencial para a inovação de produtos digitais.
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Por que o UX é essencial para a inovação de produtos digitais.

Por que o UX é essencial para a inovação de produtos digitais

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Neste post, vamos falar sobre a importância do UX e inovação de produtos digitais para o sucesso das empresas. 

Em um mercado cada vez mais competitivo, e a tecnologia a disposição de todos, uma forma de se diferenciar dos concorrentes e agregar valor ao produto é entregar uma boa experiência. Para que isso seja possível, é necessário sair do campo do “achismo” e das  hipóteses e pesquisar o que as pessoas querem. 

Entendendo as reais dores, a empresa consegue conectar de forma holística, negócios e pessoas, fatores fundamentais para a inovação de produtos e dessa forma conquistar um espaço diferenciado no mercado.

Vantagens da inovação de produtos digitais com  a abordagem de UX 

Alguns pontos em que a abordagem de inovação e o UX podem contribuir para um produto de sucesso:

  • Diferenciação no mercado:  mesmo que seus concorrentes já resolvam a maioria dos problemas, há sempre algo que pode ser feito ou melhorado. Quando você conversa com os usuários, você descobre outras dores que às vezes nem mesmo ele se deu conta.
  • Vantagem competitiva frente aos concorrentes: entender o que está sendo oferecido pelo concorrente, e oferecer mais ou de forma diferente, pode posicionar o produto com uma vantagem clara e facilmente percebida pelo seu cliente. Destaque-se!
  • Valor agregado ao produto: descobrir o que seu público já está acostumado e utilizar essas características de soluções para interagir com as pessoas, agrega mais valor ao seu produto. Inovar não significa que você precisa reinventar a roda.

Inovação, UX e o processo do duplo diamante

Em UX, descobrir o problema certo e entregar a solução ideal é um dos objetivos principais. Para isso utilizamos o processo inspirado no design thinking, o duplo diamante, que se divide em duas etapas, descoberta e pesquisa. Na primeira etapa imergimos no problema e na segunda etapa  a de ideação definimos a solução (posterior há a medição dos resultados). 

Primeira etapa: descoberta e pesquisa com usuários

Nessa primeira etapa é onde fazemos o discovery, uma pesquisa com usuários e/ou clientes para  compreender fatos em torno de um possível problema.

Evite falar inicialmente sobre a sua solução ou o que ela faz. Comece falando sobre o PROBLEMA, sobre a “dor” do seu usuário, descubra como as pessoas resolvem isso hoje, como elas lidam com a situação, como se sentem, o que funciona ou não nesse contexto. Com isso, pense quais lacunas você pode explorar ou melhorar no seu produto.

Existem muitas empresas que querem trazer inovações para os produtos, mas acabam pensando apenas internamente no que seria inovador e não conversando com usuários para entender o contexto e a jornada deles.

Para propor algo realmente inovador e que faça sentido para eles, é preciso fazer pesquisa para conhecer a fundo o público que irá se destinar a nova solução.

Tudo é sobre resolver problemas: não sobre implementar funcionalidades. Bons times de produto estão preocupados não só com a implementação da solução, mas também em garantir que a solução resolva de fato o problema.

E no caso da empresa querer focar a inovação do produto em um módulo já existente, pode-se realizar teste de usabilidade para validar alguma funcionalidade ou nova proposta de interação / interface e aprofundar as descobertas em um pós teste. 

Segunda etapa: ideação e testes para chegar na solução

Com o entendimento das necessidades dos usuários, a próxima etapa é pensar na solução. Uma forma que usamos aqui na Cats no pós pesquisa, são perguntas “Como poderíamos” como gatilho para resolver os problemas..

O modelo “Como poderíamos” foi introduzido pela primeira vez pela Procter & Gamble na década de 1970 e adotado pela IDEO. A técnica se tornou popular no design thinking e é usada por equipes de design em todo o mundo. Embora escrever perguntas no estilo “Como poderíamos” pode parecer simples, gera muitas possibilidades de solução. 

Dicas de criatividade e geração de ideias para inovação

Uma prática muito comum nos nossos projetos é realizar cocriação, onde temos um momento de geração de ideias tanto com o nosso time interno, como em conjunto com stakeholders e/ou usuários (as pessoas que serão envolvidas na cocriação vai depender da fase que estamos do projeto e do objetivo que queremos atingir). Fazer esses momentos nos traz uma visão holística do negócio e abre caminhos para a inovação de produtos digitais. 

Trazemos aqui algumas dicas para auxiliar na geração de ideias e propiciar mais criatividade para resolver os problemas:

1. Fazer brainstorm individual ou grupo?

Criar momentos de brainstorm, individuais ou em grupo é necessário nessa fase de geração de ideias.

Incluir mais pessoas em seu processo de ideação pode gerar um conjunto de ideias muito mais amplo do que você poderia produzir individualmente, porque permite que você aproveite perspectivas diversas. 

Porém, as dinâmicas de brainstorm em grupo, às vezes não atingem tanta profundidade, e intercalar momentos onde é possível cocriar em grupo e também individualmente, enriquece a geração de ideias.

2. Idear com CMP’s ou  “como poderíamos”

Aqui na Catarinas, nós usamos um método adaptado bastante simples, mas que funciona muito bem como gatilho para nos fazer pensar em soluções inovadoras. Chamamos essa técnica de “como poderíamos…” ou, de maneira abreviada, CMP’s.

Ideação para Inovação de Produtos Digitais
Template de ideação da Cats onde utilizamos o CMP

O objetivo dessa técnica é guiar os participantes para o modo ideação criando perguntas que levem para a ação de pensar em soluções. Com o problema que precisa ser resolvido bem definido, cria-se uma pergunta começando com “Como poderíamos…” e completa com o problema.

O “como” sugere que nós ainda não temos a resposta, possibilitando que se explore mais alternativas e não se restrinja ao como achamos que devemos resolver. “Poderíamos”, sugere que a solução está no futuro e por isso podemos explorar múltiplas possibilidades. O nós, sugere que a ideia para a solução depende da nossa colaboração.

Mas para a ideação trazer os resultados esperados e gerar insights inovadores, é importante incluir as pessoas certas para esse momento e que o facilitador oriente e engaje os participantes.

3. Trabalhar com timebox

O timebox,  estratégia de gestão do tempo que utiliza metas para impulsionar a produtividade, pode contribuir para manter os usuários engajados nas dinâmicas de ideação. Ao criar um timebox (caixa de tempo), é possível estabelecer uma tarefa dentro de um período específico.

ideacao-round1
Exemplo do timebox na ideação

E durante as dinâmicas de brainstorm, contribui para o hiperfoco do grupo, que por ter um tempo normalmente “curto”, as pessoas precisam ficar bem concentradas para realizar as tarefas evitando distrações comuns em atividades coletivas. 

4. Escolher a técnica de acordo com a necessidade

Existem inúmeras formas de realizar sessões de ideação, e os processos podem variar, desde a quantidade de pessoas envolvidas, o contexto e também os objetivos que se deseja alcançar.

A técnica dos “6 chapéus”, pode ser usada quando você precisa abordar um problema de maneira mais abrangente. A ideia é que utilizando “chapéus” metafóricos, que representam um modo específico de pensamento, promova uma análise mais abrangente do problema, com diferentes pontos de vista. Por exemplo, o chapéu branco serve para fatos objetivos e o chapéu vermelho para intuitivos. Então alternando entre esses chapéus, os participantes exploram diversas perspectivas, resultando em soluções com diferentes vieses. 

Já o “crazy eight”, tem o objetivo de gerar muitas ideias em pouco tempo. A dinâmica envolve o uso de um canvas dividido em oito seções, onde cada seção representa o espaço para uma ideia diferente. Os participantes precisam preencher as seções em um prazo limitado, e essa pressão do tempo e a estrutura visual do processo estimulam a criatividade.

Outra técnica interessante é o “mural de possibilidades”, que se trata de uma forma mais visual de fazer um brainstorm usando post-it, para gerar ideias e/ou soluções relacionadas a um problema específico. Os participantes contribuem com suas sugestões, e por fim se escolhe as ideias mais promissoras ou viáveis que podem ser detalhadas, exploradas, desenvolvidas e implementadas.

Priorização de ideias

Após a ideação é preciso fazer a  priorização das ideias, um momento de analisar e trazê-las para o cenário atual, o que fará sentido executar, e o que pode ficar em um backlog e o que pode ser descartado. 

A escolha da técnica de priorização dependerá das características do projeto e das metas estabelecidas. Pensando nisso, vamos apresentar algumas ferramentas para ajudar a priorização de ideias:

1. Matriz de impacto versus esforço

Uma matriz de impacto versus esforço representa o valor para o usuário em relação à complexidade da implementação. Ou seja, o nível de impacto sobre os usuários finais depende da gravidade do problema que a solução resolve. Esforço é a quantidade de trabalho e recursos necessários para resolver determinado problema. 

Matriz esforço e impacto para a inovação de produtos digitais
Template de matriz de impacto versus esforço
2. Análise de Valor

Fazer uma votação com critérios definidos, serve para avaliar a contribuição de cada ideia para os objetivos do negócio e a satisfação do usuário, e dessa forma, priorizar ideias que agregam mais valor ao usuário e ao negócio.

3. Jornada do Usuário e Mapas de Empatia

Após a pesquisa, fazer a jornada do usuário e criar mapas de empatia pode revelar pontos de dor e oportunidades de melhoria e dessa forma auxiliar na priorização das ideias que resolvam os maiores pontos de dor.

jornada do usuário
Template de jornada do usuário da Cats
4. Feedback Contínuo

Se a sua empresa tem um canal constante de feedback dos usuários, seja por meio de ferramentas de análise, comentários diretos ou outras formas de comunicação. Priorizar com base nessas descobertas pode ser muito eficaz para direcionar as escolhas, mas cuidado para não priorizar o problema de um único usuário. Estabeleça critérios e verifique se o problema do usuário vai ao encontro dos objetivos de negócio da empresa.

Considerações finais

Um processo de inovação de produtos digitais deve sempre considerar o ponto de vista dos usuários, pois eles são um dos drives para um bom trabalho de UX Design. As pessoas usuárias, em suas rotinas, e diferentes contextos e vivências,  vão ter necessidades e insatisfações diferentes ao interagir com um produto ou serviço.

Realizar pesquisas com usuários nos ajuda a entender essas diferentes lentes em relação a um problema, nos impede de seguir alguns vieses e certezas da equipe para seguir em caminhos não-óbvios e  buscar soluções inovadoras que impactem e atendam os usuários no contexto dos produtos digitais.

Esse case foi acompanhado e relatado por:

    Graduada em Design Gráfico pela Universidade Federal de Santa Catarina, pós graduada em Design ...

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Por que o UX é essencial para a inovação de produtos digitais
24 out 2023

7  Min Leitura

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