Ao falar de um “playbook” estamos nos referindo a um guia de estratégias, processos e tarefas que apoiam empresas a terem mais consistência e repetibilidade em suas iniciativas e tarefas, bastante presente em áreas de vendas e marketing, por exemplo.

Dessa forma, um playbook de UX é um guia prático que reúne processos, métodos e frameworks ligados à frente de design e experiência do usuário de uma empresa. O playbook de UX contribui tanto para a implementação, quanto para a otimização dos processos de UX design junto aos times de produto ou design, e também apoia a visibilidade em demais áreas.

Por atuar como uma documentação de referência clara e direta, para que todos possam aplicar métodos e técnicas de UX (afinal sempre falamos que a experiência do usuário é responsabilidade de todas as áreas), há uma maior disseminação dessas práticas e consequentemente o aumento na maturidade da cultura UX.

Importância do playbook de UX
na operação do time de produto

Dentre os principais problemas que um playbook resolve estão a falta de tempo para estudar e criar novos processos e atividades de UX na operação de produto, os improvisos onde cada um faz UX do seu jeito na tentativa e erro, e o tempo gasto em refazer ou descobrir como fazer algo que já foi executado antes por alguém do time.

Negócios que se preocupam com a experiência do usuário, pelo menos no discurso ou na intenção, caracterizam um perfil de maturidade intermediária quanto a cultura de UX. Um dos argumentos muitas vezes está ligado à falta de tempo para fazer diferente sendo a maior razão para não colocar em prática.

Em outros casos já se realizaram algumas iniciativas de UX junto ao produto mas por falta de documentação ou organização interna, essas são feitas de formas aleatórias ou improvisadas havendo desperdício de energia e aprendizados que deixam de ser replicados ou compartilhados entre o time. 

Nesse cenário temos também os famosos “cada um faz do seu jeito” e a velha “tentativa e erro”, que também representam processos pouco eficientes para quem busca a excelência na operação e resultados assertivos em cima do que é investido em UX.

Principais ganhos de um Playbook UX

1. Os processos e atividades de UX organizados e padronizados

Com a documentação clara e acessível tudo que é feito em relação ao processo de UX segue o mesmo padrão de qualidade trazendo agilidade nas entregas.

2. Melhora na performance e redução do tempo para a entrega de tarefas de UX

Tendo um guia há uma redução da tentativa e erro e gastos de energia desnecessários para levantar conhecimentos já validados pelo time, com isso tem-se mais assertividade no processo.

3. Agilidade do onboarding de novas pessoas do time

Sabemos que o mercado de tecnologia no geral possui uma alta rotatividade e troca de profissionais, com o playbook de UX a cada nova contratação, rapidamente o time fica “na mesma página”.

4. Guia de consulta fácil para profissionais de diferentes níveis de conhecimento

Do profissional de UX júnior a sênior, todos se beneficiam com a praticidade de um repositório organizado a partir do qual se aproveita frameworks e passo a passo do uso de técnicas.

5. Comunicação entre as áreas envolvidas na operação de produto

Não apenas o time de produto consegue melhorar sua comunicação interna, mas a troca e compartilhamento de técnicas do design que possam apoiar outras áreas passa a acontecer de forma mais fluida quando pode-se compartilhar algo didático e organizado para ser replicado por terceiros.

6. Aceleração da maturidade da cultura UX 

À medida que mais pessoas e áreas conseguem quebrar a barreira inicial de aprendizado e uso de práticas do design thinking, há uma evolução sistemática da cultura UX em toda a empresa.

O que não pode faltar em um playbook de UX 

O playbook de UX deve conter conteúdo teórico e prático de todo o processo que envolve UX na empresa. E para que seja fácil de ser consumido o ideal é estruturá-los por tópicos de acordo com as etapas do processo de UX:

• Imersão e planejamento: reunião de kickoff, análise de materiais, entrevista com stakeholders, definição de métricas, análise de acessibilidade, definição do público-alvo, protopersona, protojornada, matriz de usuários extremos e matriz CSD.
• Pesquisa com usuários: porque fazer, tipos de pesquisa e processo, plano de pesquisa, recrutamento de usuários, roteiro e aplicação, resultados e análise, compilação, personas, jornada do cliente e do usuário, ideação, priorização, entrega e repositório de pesquisa.
• Prototipação: análise heurística, inventário de conteúdo e fluxo de navegação, prototipação e teste de usabilidade.
• UI: benchmark, concepção de UI, criação ou atualização do style guide ou design system, e handoff.

Um bom playbook precisa descrever como tudo deve acontecer, do macro para o micro. Na prática precisamos contemplar e dar visibilidade para o processo de ponta a ponta, compartilhar a visão do todo e o cadenciamento das tarefas, prevendo também condicionais ou variantes de acordo com algumas variáveis que possam impactar a escolha dos caminhos a seguir (ex: prazo, budget, skills necessárias, profissionais disponíveis…).

Informações gerais sobre cada técnica ou método em cada etapa do processo (UX research, prototipação, UI, etc..), como por exemplo grau de dificuldade, tempo necessário, pessoas envolvidas.

Acesso a frameworks ou templates que possam apoiar ou acelerar a aplicação das técnicas, informações detalhadas, passo a passo e exemplos de frameworks preenchidos, e dicionário de UX com termos da área, sempre ajuda, principalmente pensado em iniciantes ou pessoas de outras áreas consumindo o playbook.

Atualização e evolução contínua do playbook

É importante ressaltar que um playbook deve ser visto como um “organismo vivo” e não um guia estático ou rígido demais. Principalmente quando falamos do universo do design, onde a prototipação, testes e inovação se faz tão presente é essencial estar com a mente aberta e atenta para adaptar os processos e técnicas de acordo com o contexto, cliente ou influências que estiverem na mesa.

Justamente essa abertura é o que costuma criar novos frameworks ou técnicas adaptadas além da melhoria da qualidade e eficiência do time. Tudo que for gerado de aprendizados deve ser atualizado no playbook de UX para que ele se mantenha relevante (na mesma linha de raciocínio do design system).

O playbook de UX da Cats

Aqui na Cats, por sermos uma consultoria especialista em UX design usamos e estressamos o tempo todo as inúmeras abordagens, técnicas e possibilidades do processo de UX design. E nosso playbook é um guia detalhado de todos os nosso processos internos de UX, que conta com:

• +20 canvas e frameworks práticos de UX (Miro ou PDF)
• +300 páginas de conteúdo, passo a passo, dicas e guias
• Fluxo de decisões condicional para adaptação e definição do processo a ser aplicado

Esse produto é ideal para empresas que já encontram-se em um grau de maturidade e conhecimento mínimo sobre UX e querem organizar ou criar processos consistentes. E possuem profissionais ou especialistas internos responsáveis pela aplicação de iniciativas em relação ao UX do produto.

Nosso repertório de conhecimento passa por vários clientes e produtos de tamanhos e desafios variados, por esse motivo construímos o playbook de UX da Cats que contempla todo o nosso aprendizado testado e validado ao longo dos anos. 

Quer saber mais sobre e entender se pode acelerar a cultura interna e a disseminação das práticas de UX na sua empresa? Agende um bate papo com nosso especialista para conhecer mais do playbook de UX da Cats.