Boa parte das empresas que desenvolvem soluções digitais com o objetivo de resolver algum problema dos usuários já perceberam que ter designer no processo é imprescindível para o sucesso e rentabilidade de uma solução.
No caso de você ainda não estar 100% convencido que designers entregam além de interfaces bonitinhas, separei alguns motivos que podem fazer você reconsiderar seu posicionamento 😉
Tendo designers trabalhando no seu projeto ou produto, você…
1. Acaba conhecendo e entendendo melhor PARA QUEM está projetando
Designers desde o início da faculdade trabalham pensando nos sentimentos dos usuário, em quem é essa pessoa, o que ela precisa, quais são suas limitações.. Aquela história de “design centrado no usuário” é algo redundante para nós, tendo em vista que isso já é uma premissa óbvia dentro dos processo de design. A EMPATIA é um atributo essencial para esse tipo de profissional, então se você tem designers no projeto essa habilidade e competências irão assegurar que a voz do usuário seja ouvida e bem representada.
2. Vai usufruir de metodologias democráticas que visam ENTENDER TODOS OS LADOS e não apenas o do desenvolvedor ou do stakeholder
Apesar do designer representar a voz do usuário no projeto, as metodologias e ferramentas desse profissional também buscam entender os outros lados da moeda, afinal trabalho do designer é alinhar o ponto de vista do usuário com o business e fazer o negócio dar lucro e atingir os objetivos.
3. Conta com profissionais que possuem um PERFIL INTEGRADOR e que por isso estão abertos a ouvir diferentes pontos de vista e trabalhar de forma holística
Designers não são autosuficientes para criar um produto inteiro sozinhos e sabem da importância de trabalhar em equipe. Raramente equipes de designers funcionam melhor trabalhando de forma isolada. Quanto mais integrações, troca de ideias com diferentes áreas e contato com pessoas, mais fluído e rico é o processo. Com esse posicionamento colaborativo e holístico trabalhar com designers significa criar pontes entre os setores e áreas da empresa.
4. Melhora a apresentação, organização e COMPARTILHAMENTO dos dados e informações que são úteis para o time de projeto
Um dos atributos de um designer que trabalha com UX é compilar a informação bruta que vem de pesquisas (primárias ou não) e transformar isso em conhecimento a ser compartilhado com os envolvidos no projeto.
5. Não precisa fazer improvisos na parte visual do produto pois contando com um designer você pode construir um styleguide consistente que vai te trazer muito mais CREDIBILIDADE e COERÊNCIA para a interface
Fato que a primeira impressão de uma interface é a parte visual, mesmo sempre falando que usabilidade é importante, a primeira camada da boa experiência perceptível é o design visual. Se você já começa com uma estética amadora ou com um excesso de informação e cores que causam desconforto a barreira inicial está criada. Trabalhar com uma solução gráfica coerente com a linguagem do público e a identidade da empresa é necessários de transparecer o profissionalismo e qualidade do seu produto, por mais “superficial” que isso possa soar.
6. Aumenta consideravelmente as chances de propor um BOA EXPERIÊNCIA para seus clientes com uma NAVEGAÇÃO FLUÍDA e intuitiva
Além da questão estética, que é apenas uma das partes de uma boa experiência nesse ebook dicas para melhorá-la, é a usabilidade e a arquitetura da informação que fazem os usuários ficarem engajados no seu produto. Importante levar em consideração a hierarquia dos conteúdos, a diagramação, a ênfase de cada elemento e os agrupamentos dos itens gerando uma navegação óbvia para quem estiver interagindo.
E se eu não tenho um designer, o que posso fazer?
Mesmo sabendo da importância, muitas vezes a empresa não encontra profissionais com o perfil ou mesmo não tem como manter um time interno, nesse post demos algumas dicas para como resolver isso. No caso da segunda opção, nesse ebook damos dicas para contratar uma empresa de UX, afinal é algo que tem que ser bem pensado pois a empresa será um braço (ou os dois) e não é algo que deve ser feito analisando somente o portfólio visual.
Se você está nessa fase difícil que precisa ‘quebrar um galho’ vou tentar te dar uma ajuda para sobreviver. Confira aqui algumas dicas, não necessariamente em ordem de importância:
1º Sempre que for preciso, pense como um designer!
Como citei acima, uma série de atribuições fazem parte do know-how dos designers. Se você não pode contar com um em seu time faça com que alguém tente vestir o chapéu desse profissional para assumir essa posição de “advogado do diabo” e defender os interesses do ponto de vista do usuário.
2º Esteja constantemente atento ao seu cliente e suas necessidades
Pratique a ação de se aproximar do usuário e prestar mais atenção no que ele diz, pensa e sente a respeito do problema que você quer resolver e com a forma como ele se relaciona com seu produto.
3º Abra um canal de comunicação e feedback com o usuário
Abra um espaço para ouvir o que seu cliente tem a dizer e incentive o feedback. Pergunte para os clientes o que eles acham sobre o produto e deixe claro que você quer saber a opinião dele para melhorar sua vida.
4º Chame o usuário para co-criar com você
Em era de co-criação nada faz mais sentido do que se aproximar de quem mais entende do problema que você quer resolver. Faça seções de dinâmicas convidando representantes do perfil de seus usuários ou pessoas que fazem parte de sua base de clientes para trabalhar e esboçar ideias juntos.
5º Faça testes de usabilidade frequentemente
Faça testes! Quanto mais vezes puder melhor, teste pequenos detalhes ou grandes mudanças. De preferência faça esses testes em protótipo, sem grandes burocracias. Mantenha alguns usuários chave próximos para poder consultá-los. Nesse post mostramos o processo de teste de usabilidade que fizemos com um cliente da Catarinas.
6º Mantenha este lema em mente: “menos é mais”!
Não sobrecarregue os olhos das pessoas com excesso de informação e cores. Seja criterioso com o que você coloca na sua interface, pergunte-se mais de uma vez se cada item é REALMENTE importante naquela tela.
7º Na dúvida, SIMPLIFIQUE! (o famoso “K.I.S.S.”)
Por mais que você ache incrível colocar todas as funcionalidades do mundo no seu produto “keep it simple stupied”! Foque nas dores principais do usuário, não tente resolver todos os problemas da vida dele pois sem dúvida alguma isso só irá atrapalhar o entendimento e uso da ferramenta.
8º Planeje, esboce e faça debates com a equipe antes de sair codificando
Permita-se refletir sobre o porquê de cada funcionalidade e posição dos componentes, esboce, questione e discuta com alguém que não esteja tão inserido no contexto antes de partir para a ação. Isso provavelmente te fará economizar tempo de trabalho e aumentará a assertividade do que você está fazendo.
9º Use as convenções já existentes a seu favor
Analise as soluções populares do nicho de seu produto e também os produtos mais conhecidos em geral e aquelas que seu público já está acostumado. Em cima disso perceba quais são as recorrência e convenções que todo mundo já sabe como usar quando se depara com a tela. Você não deve reinventar a roda querendo ser inovador, tente fazer uso do que já existe de convenções e com isso economize o tempo de aprendizado de seus clientes.
Mesmo que a equipe esteja sem designer ou com menos designers do que seria ideal, o importante projetar sempre pensando nos usuários, nos objetivos e necessidades deles. Sabemos que “boas experiências” não podem ser projetadas, pois elas são algo individual, interno e intransferível mas cabe a você dev ou “pai da criança” deixar tudo preparado e propício para que essas boas experiências aconteçam 🙂
Está precisando de uma consultoria na parte de usabilidade? Temos um ebook só falando sobre isso!
Esse case foi acompanhado e relatado por:
Graduada em Design Gráfico pela Universidade Federal de Santa Catarina, pós graduada em Design ...