Se você já contratou ou pensou em contratar um time de UX, talvez tenha se perguntado: mas o que exatamente esse time entrega? Afinal, muito se fala sobre experiência do usuário, mas na hora de justificar o investimento em UX design, nem sempre fica claro quais serão os entregáveis.
Neste artigo, vamos explicar o que é uma boa entrega de UX, mostrar exemplos de entregáveis mais comuns dos times de UX, o que entregamos na Catarinas, e como eles podem impactar uma empresa de produto.
O que são entregáveis de UX
Os entregáveis de UX são uma documentação que dão materialidade a todo o processo de UX, que inclui: imersão, pesquisa, arquitetura de informação e user interface. As entregas de UX trazem clareza, alinhamento de expectativas e mostram os avanços para gestores sobre a evolução do projeto.
Vale lembrar que um entregável de UX não é um pacote fechado, pode ser adaptado conforme as necessidades da empresa e das pessoas que irão consumir o material.
Ex: Resultado de uma pesquisa de UX, para uma equipe de produto pode ser um relatório detalhado e também trazer o material bruto da pesquisa coletado em campo para que o time tenha em conta tudo que foi dito pelos usuários.
Já a entrega de UX para stakeholders de negócio, pode ser uma apresentação focada em problemas e possíveis soluções. As adaptações podem e devem ser feitas para alcançar melhor compreensão e aproveitamento do público que irá receber o entregável.
Quais são os entregáveis de UX durante as etapas do projeto?
Cada etapa de um projeto de UX tem seus entregáveis específicos, que podem variar de acordo com o escopo do projeto. A seguir vamos trazer os entregáveis mais comuns nos projetos da Catarinas de acordo com as etapas do processo de UX.
1. Imersão
No início dos projetos, sempre temos a nossa reunião de kickoff onde alinhamos os objetivos do projeto e do negócio, e mapeamos os stakeholders envolvidos para esclarecer prazos e questões técnicas.
Exemplo: Kickoff

Depois desse primeiro momento, realizamos as entrevistas com stakeholders de diferentes áreas onde aprofundamos questões levantadas no kickoff, que serão levadas para a matriz CSD, que é nossa base para a construção do roteiro de entrevista com usuários.
2. Pesquisa
Já na fase da pesquisa, onde acontecem as entrevistas com usuários, entendemos o comportamento do usuário em determinado contexto com diversas finalidades, como identificar necessidades, dores, problemas de usabilidade, etc.
Como resultado, geramos uma apresentação da pesquisa com usuários que contém informações, dados e insights sobre os usuários, que orientarão as próximas etapas do projeto. A apresentação deve ser adaptada de acordo com o público que irá receber o material (e pode ser mais focada em todo passo a passo e processo da pesquisa ou no resultado final).
Exemplo: Apresentação da Pesquisa com Usuários


Também como entregável da pesquisa, temos as personas que são personagens fictícios que representam o grupo de usuários de um produto ou serviço. As personas servem para deixar mais “consumível” para o time de produto, as características dos usuários.
Exemplo: Personas


Outro entregável da pesquisa, é a jornada do usuário, ela é uma sequência dos acontecimentos, desde quando o usuário ouve falar do produto, durante o uso e o pós uso, além de incluir todos os pontos de contato. Ao mapear a jornada do usuário, identificamos as dores (quais que doem mais) e conseguimos ter uma visão clara de quais são as oportunidades de melhorias no decorrer da jornada.
Exemplo: Jornada do usuário


Com as informações da pesquisa em mãos, partimos para a ideação, nessa etapa pensamos junto ao cliente possibilidades e propostas de solução. Na Catarinas gostamos de usar a técnica do CMP (“como poderíamos resolver o problema X”). E utilizamos um board de ideação, para fazermos junto aos stakeholders uma co-criação e gerar ideias de soluções.
Exemplo: Board de Ideação


3. Arquitetura de informação / prototipação
Com os insumos da pesquisa e da ideação, partimos para a prototipação, onde transformamos as ideias em algo visual e palpável. Nessa fase desenvolvemos uma versão prévia do produto para ser testada e validada antes da versão final. É onde trabalhamos os wireframes, fluxos de navegação, e o inventário de conteúdo.
Exemplo: Wireframes


4. User interface
A partir daí passamos para a etapa de UI, onde definimos cores, tipografia e definição dos detalhes do layout dos produtos digitais e fazemos a aplicação de conceito visual nos wireframes.
Exemplo: Aplicação de Conceito Visual nos Wireframes


Aqui também criamos o design system, importante para o sucesso de um produto a longo prazo, pois ajudar a definir e padronizar como um estilo visual será aplicado nas interfaces do produto.
Exemplo: Uma parte de um Design System, os Design Tokens


Extra: Plano de Métricas de UX
O plano de métricas de UX normalmente acontece na etapa de arquitetura da informação, quando já temos mais informações sobre o produto e os usuários. Esse plano serve para ajudar o cliente a entender que métricas ele deve acompanhar após o projeto e também medir se está tendo os resultados esperados com o desempenho do produto após o projeto de UX.
As métricas de UX a serem acompanhadas no plano, vão depender da necessidade de cada projeto. Podemos olhar para métricas como: SUS (System Usability Scale), CES (Customer Effort Score), NPS (Net Promotion Score), CSAT (Customer Satisfaction Score), Churn Rate e TTR (Time To Resolution). Saiba mais sobre acompanhamento de métricas no nosso artigo sobre o case do cliente Becomex.
Exemplo de Plano de Métricas de UX


Por que os entregáveis são importantes
Os entregáveis de UX têm um papel essencial para garantir que todos estejam na mesma página ao longo do projeto. Eles facilitam a comunicação entre áreas de produto e de negócio, eliminando ruídos que costumam aparecer quando as decisões não estão bem documentadas.
Funcionam como uma tradução visual do raciocínio do time, deixando claro o porquê das escolhas feitas e quais caminhos foram seguidos ou descartados. Ao tornar tangível o que antes era abstrato, os entregáveis promovem transparência no processo e aumentam a confiança nas decisões.
Conclusões
Para que os entregáveis de UX cumpram bem seu papel, algumas boas práticas fazem toda a diferença ao longo do projeto. A primeira delas é saber escolher quais entregáveis realmente fazem sentido para cada etapa e contexto. Confira também no nosso [Checklist] O que esperar de uma boa entrega de UX Design em cada etapa do projeto.
Um ponto essencial é garantir que todos os arquivos de entrega estejam organizados, acessíveis para facilitar consultas futuras e garantir a autonomia de quem vai dar continuidade ao projeto, especialmente os times de produto e de desenvolvimento.
Quer entender como os entregáveis de UX podem gerar valor para o seu negócio? Ajudamos sua empresa a transformar descobertas em decisões estratégicas, com entregas que reduzem riscos, aumentam a eficiência e colocam o usuário no centro. Fale com a gente!
Esse case foi acompanhado e relatado por: