Não é de hoje que o modelo de assinatura ou recorrência, é bem sucedido em diversos nichos de mercado e graus de complexidades. Do Netflix ao outsourcing de profissionais, o UX por assinatura surfa a mesma onda, e os benefícios já tão conhecidos e utilizados nesse modelo de serviço – que se destaca pela flexibilidade e foco em alta entrega de valor.
“O modelo de negócios por assinatura é uma estratégia em que os clientes pagam uma taxa recorrente, geralmente mensal ou anual, para ter acesso contínuo a um produto ou serviço.”
Alocação estratégica do design de forma contextual e sob demanda
O UX por assinatura vem como alternativa (ou complemento) à contratação interna full time de especialistas de design ou squads, com a missão de parear e somar aos times de produto em negócios digitais.
Na prática estamos falando de ter à disposição para encaixar no desenvolvimento de produtos etapas sob demanda de: pesquisa com usuários, facilitação de processos de ideação, prototipação em baixa ou alta fidelidade, testes de usabilidade, user interface e construção/evolução de design systems (e tantas outras coisas que fazem parte do UX e product design).Em um cenário onde já está claro para boa parte dos negócios a relevância e resultados que pode se alcançar com as abordagens focadas na experiência do usuário, contar com especialistas UX é uma forma efetiva de reduzir riscos de gastar e entregar soluções não aderentes às necessidades do mercado e ao mesmo tempo potencializar a inovação e diferencial competitivo no posicionamento de produtos e serviços.
“A experiência do usuário abrange todos os aspectos da interação do usuário final com a empresa, seus serviços e seus produtos. Uma estratégia de UX sólida garante que esses aspectos estejam alinhados com os objetivos de negócios e a satisfação do usuário”.
Norman, D. The Design of Everyday Things (Revised Edition, 2013).
Profissionais internos de design ou UX por assinatura?
A ideia de fazer uso do UX por assinatura (ao invés de um projeto pontual) vem da visão de que a recorrência traz benefícios a longo prazo para o refinamento e evolução contínua de produtos como sistemas, plataformas e aplicativos.
Alguns negócios onde a experiência é crucial para o sucesso e posicionamento no mercado podem já nascer com a clareza da necessidade de um acompanhamento próximo, enquanto outras podem optar pelo caminho de um “projeto pontual”, como forma de colocar de pé uma versão ou melhoria específica.
Sabemos que essa decisão pode ser derivada de questões financeiras e maturidade da proposta de valor ou momento de negócio, que em certas situações requer certo jogo de cintura para balancear investimentos ao longo do ciclo de vida do produto.
De qualquer forma, aqueles que já se encontram em um momento em que o product design é fundamental, podem se deparar com a dúvida comum: contrato alguém interno ou terceirizar esse profissional?As duas escolhas possuem seus prós e contras (já falamos um pouco dos prós e contras do modelo do DAAS – design as a service – ou o UX por assinatura nesse post), mas aqui vamos listar alguns pontos indispensáveis na uma contratação de uma pessoa ou time interno:
1. SKILLS QUE CUBRAM TODO O PROCESSO DE UX
Tudo começa na formatação da vaga, sendo que um único profissional provavelmente precisará de habilidades mais amplas que atendam todas as etapas do processo de UX. Então estamos falando de saber conduzir boas pesquisas, mandar bem em arquitetura da informação até ser bom em user interface e componentização/design system para pensar em escalabilidade e padronização da interface.
2. TESTE PRÁTICO MATADOR NO PROCESSO SELETIVO
É essencial realizar um bom processo seletivo que analise não apenas as hard skills (muito menos o lugar arriscado de julgar apenas um bom portfólio). Nesse ponto, conduzir um bom teste prático, que simule um desafio inteligente a partir de um contexto consegue demonstrar não só o uso de ferramentas mas também o racional por trás e argumentação que demonstra como a pessoa organiza suas ideias e decisões.
3. ONBOARDING ESTRATÉGICO E EMPODERADOR
Uma vez que se tenha um profissional contratado, essa pessoa precisa desenvolver um alto grau de ownership quando carrega a bandeira do UX pareando com pessoas de tecnologia e negócios. Por tanto um onboarding que dê acesso à informações estratégicas e impulsione seu empoderamento é crucial para o impacto e ROI desse profissional.
4. CONSIDERAR O DESAFIO DE UM UX SOLO
Dar acesso e espaço para pessoa trabalhar, parece óbvio mas é um frequente desafio dos profissionais solo dentro de empresas de tecnologia. Estes enfrentam dificuldades diversas em defender e parear tecnicamente sobre seus planos por falta de pessoas com essa expertise para trocar ideias.
5. RISCO DE PUXAR O DESIGNER PARA APAGAR INCÊNDIOS
Quando não bem organizado ou focado o roadmap do UX, podem surgir brechas ou demandas paralelas de design (vindas de N áreas) e surgir a tentação de puxar o profissional de design para “dar uma força” em algo. Por mais inocente que pareça, esse movimento enfraquece a cultura de UX ao abrir precedente para um modus operandi de apagar incêndio, que geralmente está desconectado do objetivo do UX na companhia (que idealmente DEVE estar associado ao objetivo de negócios para mais entrega de valor).
6. VALORIZAR E ACOMPANHAR O PROFISSIONAL
É importante cuidar da evolução de carreira e saúde mental desse profissional, que muitas vezes vivencia altas cargas cognitivas em seu dia a dia. Com o mercado mais maduro a busca por bons profissionais e recrutamento ativo é constante no Linkedin e afins, portanto valorize e acompanhe seus profissionais pois constantemente eles estarão “olhando para fora” de um jeito ou de outro.
Seria o futuro das soluções (para quase tudo), entregar serviços mais do que produtos?
- Contínuo, porém flexível: Que viabiliza uma boa variação da intensidade de demanda, permitindo aumento e redução do time de forma ágil.
- Mergulhado no desafio, porém não engolido por ele: Afinal, profissionais externos trazem boas doses de “oxigenação” por estarem vivenciando realidades diversas.
- Altamente especialista, porém acessível $: No momento que você contrata um time de UX que conta com um mentoria estratégica, acessa skills avançadas sem ter de pagar por um salário full time de um profissional de alta senioridade.
- Colaborativo, porém autônomo: Pessoas totalmente integradas ao cliente mas com alta capacidade de se autogerenciar, o que reduz a carga de gestão do contratante.
- Focado no operacional, porém com forte olhar no estratégico: Ainda que o foco do profissional possa ser as entregas táticas e operacionais, em geral faz parte do modelo manter uma visão mais ampla ligada a metas estratégicas de negócios.
E assim fechamos nossa reflexão sobre como o modelo de assinatura e recorrência combina perfeitamente com serviços de UX em propostas de trabalho bastante atuais e alinhadas com o timing de mercado.
E assim fechamos nossa reflexão sobre como o modelo de assinatura e recorrência combina perfeitamente com serviços de UX em propostas de trabalho bastante atuais e alinhadas com o timing de mercado.
Quer conversar para entender como o “UX por assinatura” da Cats pode ajudar seu negócio? Só entrar em contato com a gente para um diagnóstico gratuito.
Esse case foi acompanhado e relatado por:
UX Strategist, palestrante, facilitadora e mentora com mais de 15 anos de experiência em UX.