Já é notável a importância de aplicar UX design nas empresas 2.0 – uma realidade no Vale do Silício, centro das novas tecnologias no mundo, que chega ao interesse das pequenas startups. Esse tipo de projeto pode ser grande e contínuo, mas existem opções alternativas que se encaixam melhor nos planos desse segundo tipo de companhia, o chamado Lean UX (literalmente, “UX enxuto”) como já falei nesse post.
O Lean nada mais é que uma otimização com um processo mais econômico, com menos etapas, testes e pessoas, envolvendo apenas o conceito, a discussão interna e a aplicação externa. Mas vamos compreender esse formato um pouco mais a fundo.
Entendendo o Lean
O processo começa com uma hipótese que será testada, nesse post falei sobre como validar e nesse sobre as diferenças do BMC x Planos de Negócios, até que o produto torne-se rentável e plenamente utilizável por seus usuários finais. Essa metodologia usa conhecimentos primários e, para utilizá-los, partimos da identificação dos maiores riscos para o produto ou recurso, seguido pelo design dos experimentos que validarão suas teorias e, finalmente, o lançamento para o consumidor. Esse recurso serve não apenas para pequenas empresas, como também para projetos que precisam de um resultado rápido.
Tomemos como exemplo o Dropbox. Os desenvolvedores criaram a hipótese de que usuários gostariam de assinar um serviço de hospedagem em nuvem para seus arquivos pessoais e corporativos de forma simples, rápida, segura e acessível por todos os aparelhos. Os trabalhos começaram com a divulgação desse serviço e, para testar a viabilidade do negócio, o site publicou um vídeo em que explicava a ideia do aplicativo para os usuários. Os interessados poderiam fazer um cadastro que assegurava apenas as notificações sobre o lançamento do produto.
Como mostra o sucesso do Dropbox, não é difícil imaginar que milhares de inscrições foram feitas e deram o sinal verde que a equipe precisava para começar a programação. Ou seja, nenhum código foi escrito desnecessariamente, mostrando que a questão é sempre “Deveríamos fazer isso?” e não “Podemos fazer isso?”.
E o Lean Design?
O Lean Design valoriza dados quantitativos e analíticos para constatar se, de fato, o design tem impacto no seu produto final e se você está caminhando na direção certa. O que o diferencia do Lean, é tornar menor a necessidade de um centro de design para analisar a experiência do usuário baseado em uma ideia clássica dos designers – partir do desejo do consumidor para começar a desenvolver um produto.
A validação desse formato pelas empresas mostra ser muito mais interessante a pesquisa na utilidade de um produto, algo incontornável para o bom funcionamento de um negócio, que sua usabilidade. Assim, o que será analisado nos novos componentes é a possibilidade de aumento das aquisições, retenções e lucros. Você pode criar um componente incrível, mas será que essa novidade irá melhorar os rendimentos e mostrar-se realmente útil? Verifique antes de sair criando 🙂
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Esse case foi acompanhado e relatado por:
Graduada em Design Gráfico pela Universidade Federal de Santa Catarina, pós graduada em Design ...