As empresas já sabem que melhorar a navegação do seu produto sempre traz retorno. Uma navegação fluida e uma boa usabilidade é um diferencial em relação aos concorrentes num cenário tão concorrido como dos softwares e apps. Além do mais, um produto que é considerado difícil de usar ou pouco intuitivo, é visto como um grande problema: o suporte fica sobrecarregado de reclamações dos usuários ou num cenário pior, os usuários não engajam, acabam desistindo do produto e indo procurar um concorrente que atenda a necessidade dele. Veja esse ebook com dicas para melhorar a experiência do usuário
Com esse cenário competitivo, cada vez mais as empresas procuram a Catarinas Design com um problema que não é meramente estético. O motivo é principalmente a falta de usabilidade, dificuldade de acesso, falta de engajamento dos usuários – como nesses exemplos que já trabalhamos. Mesmo você não sendo especialista é possível com algumas dicas tonar sua interface mais eficaz, eficiente e que o usuário tenha satisfação em utilizá-la.
Um bom começo é verificar a consistência das ações e os erros básicos da sua interface. Desenvolvemos um checklist completo com 50 itens para analisar a usabilidade da interface dos clientes em diferentes aspectos: primeira impressão, navegação, feedback, layout, legibilidade, formulários e mensagens.
Separei 15 itens que considero muito importante para começar:
1. É sempre fornecido feedback sobre as ações do usuário?
Seja quando o usuário passa sobre um link (a:hover); quando o usuário clica em um link (a:active); quando o usuário navega com o teclado (a:focus).
2. É fornecida informação de localização sobre a seção em que o usuário está navegando?
Por meio de feedback visual no menu (indicando em qual seção o usuário se encontra) ou por “breadcrumb” no caso de haver mais de 2 níveis hierárquicos de navegação.
3. Fica claro quais são as ações possíveis na tela?
O usuário consegue identificar o que pode ou deve fazer na tela em que se encontra?
4. Quando a busca não encontra resultados é mostrada uma mensagem indicando que nenhum resultado foi localizado?
Mesmo que não exista resultados, é bom deixar claro para o usuário que nenhum resultado foi encontrado e que ele pode realizar a busca novamente.
5. Os itens clicáveis têm aspecto clicável e diferente do resto do conteúdo?
Uma vez definido o aspecto dos links, esse aspecto deve ser mantido sempre. Link tem que parecer link.
6. Os textos dos links, botões e menus são claros e de fácil compreensão?
Sempre que possível deve ser evitado o uso de abreviaturas nos menus principais, o usuário precisa saber o que irá encontrar após o clique.
7. Os itens não clicáveis não devem se parecer com links ou botões.
NUNCA deve-se usar a mesma cor escolhida para os links em texto que não é link.
8. O usuário consegue navegar livremente entre as seções? Ir e voltar?
Não é recomendado colocar o usuário em “becos” onde ele não consegue mais voltar ou sair a qualquer momento. É importante dar o controle para o usuário.
9. O sistema previne que aconteçam erros (solicita confirmações) ou permite que ações sejam desfeitas ou recuperadas?
Não deixe o usuário pensando que depois que ele executar uma ação nunca mais conseguirá reverter. O Google utiliza muito a ideia de deixar fazer e depois “desfazer a ação”.
10. Apresenta alguma ajuda contextual nas interações mais complexas?
Pode ser um “tour guiado” – veja aqui post com dicas de onboarding – para explicar uma nova funcionalidade ou mesmo uma tooltip.
11. O texto dos links deve fazer sentido quando lido fora do contexto.
O uso de termos como “clique aqui” quando lido fora do contexto não proporciona nenhuma informação.
12. As mensagem de feedback e avisos seguem a linguagem do público alvo?
Não se deve utilizar mensagens técnicas para usuários leigos. Dizer que aconteceu o “erro 267228” não ajuda o usuário. Deve-se fornecer diretrizes para a resolução do problema.
13. Os menus e itens do template são consistentes ao longo de toda a navegação?
Paginas possuem uma estrutura consistente, independente de que página você esteja, é possível saber que você está no mesmo site e cada clique reflete em ações da mesma natureza?
14. As ações principais são claramente distinguíveis das ações secundárias nos formulários?
Ex: Botão cancelar deve ser diferente do botão enviar.
15. As informações estão organizadas de acordo com sua relevância?
Fica claro para o usuário a hierarquia dos itens ou estão todos visualmente no mesmo nível? É preciso diferenciar seja por cor, tamanho, diagramação ou ícones.
Com esses 15 itens resolvidos você já está no caminho de melhorar o produto sem precisar refazê-lo do zero. Caso você precise de uma análise mais completa, temos um ebook falando sobre vantagens de contratar um serviço terceirizado de consultoria em usabilidade.
Esse case foi acompanhado e relatado por:
Graduada em Design Gráfico pela Universidade Federal de Santa Catarina, pós graduada em Design ...