As metáforas e as interfaces de usuário.

As metáforas e as interfaces de usuário.

As metáforas e as interfaces de usuário

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Elas estão por toda parte. Fazem nossas atividades cotidianas menos complicadas e, por que não, mais interessantes e agradáveis. Podem ser condecoradas por acolherem desde leigos até os mais avançados e experientes usuários. Elas são as metáforas, responsáveis por grande parte do acervo visual e dos comportamentos presentes nas interfaces – digitais ou analógicas – que nos envolvem todos os dias.

Em Design, metáfora é uma representação que se apropria de valores e culturas pertinentes ao universo do usuário para criar familiaridade e compreensão sobre uma interface. Olhe em seu computador pessoal e elas estarão lá, na forma de lixeiras, relógios, calculadoras, pastas, câmeras, envelopes, selos, botões, livros, e em tantas outras imagináveis e inimagináveis possibilidades.

Parece que estamos diante de uma biblioteca. E, ao menos no conceito, estamos mesmo.

Historicamente, surgem na década de 1980, com um de seus pioneiros sendo a empresa americana Xerox e sua interface de usuário Star. A Apple, também nessa década, apropriou-se desse conceito em seu primeiro Mac, o que foi responsável pelo sucesso de seu sistema operacional. Daí em diante, as metáforas digitais foram exploradas de diversas formas, evoluindo junto dos avanços tecnológicos, embora mantendo-se sempre muito apegadas ao universo corporativo – olhe para o seu desktop e perceba como ele se parece com um escritório. De algum modo, nossos computadores não deixam de ser nossos escritórios pessoais e as metáforas não nos deixam mentir.

O lado positivo

Imagine-se chegando em uma festa repleta de desconhecidos. Você olha para todos os lados buscando um rosto familiar, alguém para se aproximar e nada. Podemos dizer, a partir desse exemplo tão banal, que as metáforas são responsáveis por nos livrar dessa situação. Elas nos dão dicas valiosas de como começar e do que fazer quando começamos a usar um sistema e, o que é melhor, seguem nos amparando diariamente, seja com coisas simples, como a atividade de copiar e colar um trecho de texto, até coisas que demandam maior atenção, como a eliminação de arquivos desnecessários.

Um exemplo minimalista e, ainda assim, extremamente eficaz no uso de metáforas.

O lado negativo

Como nem tudo são flores, as metáforas também têm suas fraquezas, que se encontram justamente em sua literalidade. No dia-a-dia, a carga informacional e visual defendida por algumas delas pode, eventualmente, gerar algum cansaço. Em alguns casos, as metáforas atingem níveis de detalhamento tão grandes, mimetizando em minúcias as características de um objeto ou situação do mundo real, que chegam a ser questionáveis. Afinal, se o ambiente é virtual, por que a excessiva preocupação em prender-se às características de um outro meio, no caso o dos objetos tangíveis?

A coisa desandando: detalhes da interface que só fazem sentido no “mundo real”.

Pelo menos esse couro nós sabemos que nunca vai descosturar.

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As metáforas e as interfaces de usuário

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23 out 2012

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