Seu novo usuário hoje ao interagir com o seu produto consegue se localizar e entender como tudo funciona rapidamente? No geral, as tarefas são realizadas com agilidade? Você evita os erros conduzindo-o e indicando a melhor forma de utilizar esse produto com dicas visuais e gatilhos simpáticos para as tarefas?
Esses pontos e vários erros ligados a eficiência, eficácia e satisfação durante o uso de um produto são reflexos diretos de uma boa ou má usabilidade.
Usabilidade, em linhas gerais, é um termo usado para definir a facilidade com que as pessoas utilizam uma ferramenta ou interface.
A norma ISO 9241 determina como usabilidade, a capacidade que um sistema interativo oferece a seu usuário em um determinado contexto de operação, para a realização de tarefas com efetividade, eficiência e satisfação.
- EFICÁCIA – capacidade de executar a tarefa de forma correta e completa
- EFICIÊNCIA – são os recursos gastos para conseguir ter eficácia. Sejam eles tempo, dinheiro, produtividade ou memória.
- SATISFAÇÃO – se refere ao nível de conforto que o usuário sente ao utilizar a interface
Lembrando que quando falamos de user experience design e de boas experiências, a USABILIDADE aparece como fator fundamental, no segundo faixo da nossa “pirâmide das boas experiências”, trazendo a questão do “eu consigo usar esse produto?”.
Porque no fim das contas, de nada adianta eu ter uma proposta de valor incrível se meu usuário não conseguir ou tiver dificuldades de manejar o produto/interface, podendo comprometer significativamente a sua percepção de valor e permanência no produto.
E na prática? Como melhorar a usabilidade?
Para colocar em prática, existem muitas regras e diretrizes criadas por profissionais da área de usabilidade ao longo dos anos que visam facilitar a identificação das erros e acertos mais comuns das interfaces. Uma das listas mais conhecidas é a do Jakob Nilsen, criador das famosas “Heurísticas de Nielsen“.
“(…) dez princípios gerais do design de interface do usuário. São chamados de “heurística” porque estão mais na natureza de regras do que como diretrizes de usabilidade específicos.” Jacob Nilsen
Alguns sites como o Good UI também reúnem uma série de dicas práticas para você verificar onde está cometendo gafes nas interfaces de seu produto.
Conheça as 10 regras essenciais da usabilidade
Confira na íntegra algumas regras que refletem a maior parte dos pontos que você deve se preocupar no que diz respeito a usabilidade e que irão refletir diretamente na experiência do seu usuário:
1- Diálogos Simples e Naturais
As interfaces de usuários devem ser o mais simples possível. Deve-se apresentar exatamente a informação que o usuário precisa – nem mais nem menos – na hora e lugar exatos onde é necessária.
2- Falar a Linguagem do Usuário
A terminologia da interface deve ser baseada na linguagem do usuário. Deve ser expressado com palavras, frases e conceitos familiares ao usuário ao invés dos termos originados do sistema.
3- Minimizar a Sobrecarga de Memória do Usuário
O sistema deve exibir elementos de diálogo para o usuário e permitir que o mesmo faça suas escolhas, sem a necessidadede lembrar de um comando específico.
4- Consistência
Um mesmo comando ou uma mesma ação terá sempre o mesmo efeito. A mesma operação deverá ser apresentada na mesma localização em todas as telas e deverá ser formatada da mesma maneira para facilitar o reconhecimento.
5- Feedback
O sistema deverá informar continuamente ao usuário sobre o que ele está fazendo. O tempo de resposta influi no tipo de feedback que deve ser dado ao usuário. Dez segundos (10s) é o limite para manter a atenção do usuário focada no diálogo.
6- Saídas Claramente Marcadas:
De modo a fazer com que o usuário sinta que pode controlar o sistema, deverá ser fácil abortar uma tarefa ou desfazer uma ação.
7- Atalhos
Os sistemas devem conter atalhos para usuário experiente executar mais rapidamente operações freqüentemente utilizadas.
8- Boas mensagens de erro
As mensagens de erro devem ter linguagem clara e sem código, devem ser precisas e ajudar o usuário a resolver o problema. Não devem intimidar ou culpar o usuário.
9- Prevenir Erros
Melhor do que possuir boas mensagens, é evitar situações de erro. Conhecer as situações que mais provocam erro e modificar a interface para que estes erros não ocorram
10- Ajuda e Documentação
O melhor é que um sistema que seja tão fácil de usar que não necessite de ajuda ou documentação. No entanto, se preciso, esta ajuda deve estar facilmente acessível on-line.
E a “análise de usabilidade”?
Para tornar ainda mais prática essa revisão em cima de regra e boas práticas de usabilidade, nós aqui na Catarinas criamos um checklist bem completo baseado nas heurísticas de Nielsen e outros estudos de usabilidade.
Ainda não convencido? Confira motivos super importantes que te farão repensar o porque começar agora a sua própria análise e se refletir sobre a relevância de investir em usabilidade!
Outra forma que é sempre bem vinda para conferir se sua interface está funcionando corretamente do pontos de vista do usuário são os bons e velhos testes de usabilidade, e você pode conhecer um pouco mais na prática nesse case do Mettzer, onde contamos um pouco sobre como foi a aplicação dos testes neste projeto.
Conheça nosso exclusivo checklist de usabilidade
Esse case foi acompanhado e relatado por:
Priscilla Albuquerque é graduada em Design de Produto pelo Instituto Federal de Santa Catarina,...