Tem se preocupado com o quanto seu usuário é inteligente (ou não)? A informação que pode deixá-lo feliz é que isso quase sempre NÃO IMPORTA. Eles podem ser tanto gênios quanto completos idiotas que se você não engajar sua inteligência, simplesmente não conseguirá ter acesso a seus recursos cerebrais.
Lendo um artigo no Boxesandarrows, esbarrei com um artigo bacana que trata da inteligência efetiva dos usuários. O autor diz que muito mais relevante do que o QI é a chamada “Inteligência Efetiva”.
“Inteligência Efetiva”: a parte da inteligência que a pessoa pode (ou está motivada) em aplicar em uma determinada tarefa.
Conhecendo as limitações do “S.T.U.P.I.D” user
O usuário em boa parte das situações não estará 100% concentrado na tarefa. Imagine o contexto de uso de uma interface em dispositivos móveis, que como o nome já diz, pode estar em N situações e ambientes diferentes, com mais ou menos ruído e distrações.
Considerando as variáveis envolvidas em uma interação ‘usuário X interface’ surge o usuário carinhosamente chamado de “S.T.U.P.I.D.”, com o qual provavelmente quase sempre lidaremos ao pensar na experiência do usuário.
Estressado (Stressed)
Nossas mentes são maleáveis e facilmente afetadas pelo contexto. O efeito do estresse em nossos cérebros é bem conhecido quando não bem compreendido. Pessoas sob estresse levam menos tempo considerando completamente uma decisão e decidem a partir das opções apresentadas a elas ao invés de considerar todas as alternativas.
Cansado (Tired)
Interfaces utilizadas por pessoas cansadas devem levar em conta a redução do senso de entendimento e a quantidade de detalhes que provavelmente esse usuário deixará passar.
Destreinado (Untrained)
Treinamentos para aplições empresariais são mais frequentemente discutidos do que postos em prática. Aplicações que não são desenvolvidas em cima do fluxo de trabalho do usuário precisam explicar seu modelo conceitual ao mesmo tempo em que estão sendo usadas.
Passivo (Passive)
Mais importante do que o modelo mental do usuário em uma aplicação é a sua atitude mental em relação a uma tarefa. Nada reduz mais a inteligência efetiva mais rápido do que fazer uma tarefa chata e contra vontade. Quando o usuário é passivo, a complexidade se torna intransponível.
Independente (Independent)
O design centrado no usuário é uma poderosa abordagem porque reconhece que existem muitas razões para uma pessoa utilizar um sistema. Um site de compra de passagens aéreas é utilizado para comprar passagens, mas também serve para a família ver se pode pagar por suas férias. O designer deve reconhecer que não pode resolver todos os problemas, mas deve dar aos usuários as ferramentas para eles mesmos se ajudarem e trabalhar independentemente do processo pretendido.
Distraído (Distracted)
As pessoas estão mais multi tarefas do que nunca. Prestar uma atenção parcial em múltiplas atividades tem impacto significante na percepção de uma interface. Usuários estão frequentemente no piloto automático, clicando nas coisas por causa de suas formas muito mais do que lendo o texto. Uma interface não deve contar que o usuário terá uma memória clara e consistente em múltiplas telas.
E o que fazer para lidar com isso? Utilize o “S.M.A.R.T” design!
Ok, agora que já sabemos que provavelmente estaremos lidando com usuários estressados, cansados, sem treinamento para as tarefas, passivos mas que querem resolver as coisas do seu jeito e ainda por cima distraídos, como lidar com eles e engajar sua inteligência efetiva?
A regra para lidar com “S.T.U.P.I.D.” users é simples mas pode fazer uma boa diferença na hora de alcançar a inteligência efetiva de uma pessoa.
S > Simples
M > Memorável
A > Automatização (usuário no piloto automático)
R > Recuperação
T > Testado em situações realistas
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O conceito de “inteligência efetiva” é uma ferramenta útil para se ter em mente. Pesquisar e testar o usuário sempre serão as melhores formas de compreendê-los, mas se atentar ao obstáculos que podem limitar o engajamento do usuário pode ser uma forma interessante de torná-los mais inteligentes.
Esse case foi acompanhado e relatado por:
UX Strategist, palestrante, facilitadora e mentora com mais de 15 anos de experiência em UX.