Tivemos muitos avanços tecnológicos visíveis nos últimos anos que tem impactado fortemente as experiências dos produtos digitais. Neste artigo exploramos as principais tendências de UX para 2025, como forma de levantar insights sobre caminhos para gerar produtos centrados no usuário que criem também um valor tangível para as empresas.
Nos últimos anos, o papel da área de UX passou por algumas mudanças. No período pré-pandemia, tivemos um boom no mercado com uma demanda crescente e uma oferta limitada de profissionais de product design qualificados. E ao mesmo tempo vivíamos uma “luta” por um espaço na mesa de decisões estratégicas das empresas. Hoje, o valor da área de UX design está mais evidente: atuamos como parceiros estratégicos, focados em impulsionar resultados alinhados aos objetivos de negócio, sem necessariamente a obrigação de moldar ou desenhar essa estratégia por completo.
Principais tendências ligadas à experiência do usuário
1. Inclusão e acessibilidade
Por mais que esse seja um tema já bastante discutido há anos, à medida que consolidamos e internalizamos as “regras básicas” para criar produtos mais acessíveis e inclusivos, esses recursos vão se tornando itens de série.
O aumento das possibilidades tecnológicas também facilitam a construção de interfaces multimodais, que usam gestos, voz e assistentes virtuais atendendo uma diversidade maior de usuários e atuando como um motor de inovação e alcance de mercado.
2. Interfaces de comando por voz (voice user interface)
Com a evolução dos recursos de reconhecimento por voz, temos mais soluções entregando essas possibilidades – como Alexa, assistentes de smartphones e navegadores integrados de carros – amplificando o uso de comandos naturais por diversos perfis de usuários.
3. Integrações com inteligência artificial
O uso de IA vem se tornando central no tipo de experiências que podemos entregar para os usuários hoje e ainda mais em perspectiva. Podemos integrar dados e preferências, e com isso automatizar e personalizar interfaces em tempo real. Ou então oferecer recursos de inteligência artificial como parte dos recursos do produto, que podem atuar como um assistente humanizado para executar funções e resolver problemas.
4. Realidade aumentada e realidade virtual
Outra figurinha repetida que já ouvimos falar por anos, mas que segue se tornando mais comum e presente nas experiências digitais é a realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR). Permitir que o usuário interaja com elementos virtuais sobrepostos ao mundo real ou mergulhe em ambientes totalmente virtuais são formas de entregar experiências mais envolventes e atrativas. Estas já vem sendo bastante utilizadas em contextos de games, turismo, educação e agora surgindo em diversos outros cenários.
5. Personalização hiper-relevante
Com a IA cruzando dados e inputs dos usuários é cada vez mais possível entregar jornadas e interfaces totalmente personalizadas e mais relevantes para cada particularidade de uso. Além de fazer sugestões baseadas em padrões de comportamento, gerar comparações úteis e destacar recursos mais utilizados para otimizar a vida.
6. Reflexões éticas em prol do usuário
Com as possibilidades que chegam com a IA, vem também a necessidade de ponderar sobre as escolhas, regras e como entregar os direcionamentos ou filtros ativos. Calcular com cuidado os vieses e aspectos ligados à privacidade de forma ética, garante não apenas os objetivos de negócio na mesa, é um ponto crucial a ser observado pelas lentes da experiência do usuário.
O desenho das soluções futuras, começam com as nossas escolhas
Já sabemos que as possibilidades tecnológicas estão sempre aumentando o leque de recursos que podemos adicionar nos produtos digitais. Muitas das tendências de ux que trouxemos neste post não são inéditas, afinal já estamos ouvindo falar a respeito há anos (o VR e AR que o digam…).
A grande diferença parece ser a maturidade com a qual conseguimos (finalmente) explorar e aplicar algumas destas, e o fato de estarem mais populares e presente em produtos inovadores. Como toda evolução tecnológica, elas aos poucos vão se tornando mais conhecidas e de fácil adesão por um público mais amplo – como é o caso dos comandos por voz, popularizado com o hábito de envio de mensagens por áudio e uso de assistentes como Alexa, ou ainda o uso de AR em jogos e recursos do Google.
Discutir as tendências de UX para 2025 é mais do que tentar prever o futuro: é reconhecer o progresso impulsionado por estes produtos que já vem abrindo os caminhos, e com isso reforçar as possibilidades que temos à disposição na hora de escolher como construir as soluções digitais futuras.
Esse case foi acompanhado e relatado por:
UX Strategist, palestrante, facilitadora e mentora com mais de 15 anos de experiência em UX.