Vamos começar esse post alinhando a ideia de que trabalhar com experiências do usuário (UX) não tem EXCLUSIVAMENTE apenas a ver com fazer do mundo um lugar melhor, cheio de produtos legais.
Eu, você e nossa sociedade capitalista sabemos que as boas experiências além de servirem para deixar as pessoas felizes precisam (e devem) ajudar a roda a girar e fazer os negócios e as empresas faturarem e lucrarem ao entregar suas soluções, serviços ou produtos para o mercado.
Até por isso que a nossa célebre “frase-lema” lá na Catarinas vem totalmente ao encontro desta ideia pois não pensamos apenas nos seus clientes e usuários, pensamos também no sucesso do seu negócio! 🙂
“Soluções inteligentes para os CLIENTES e experiências memoráveis para os USUÁRIOS.” (Cats, 2012 :P)
Em termos de UX, não pense em gastos, pense em investimento!
Ainda que em alguns cenários se tenha a impressão de que investir em UX é algo caro e apenas direcionado para grandes empresas e grandes projetos em uma fase de maturidade avançada, melhorar a experiência do usuário reflete diretamente no seu bolso, independente do seu tamanho ou fase! É o “ROI” se fazendo presente 😀 (Confira também esse outro post sobre o momento ideal de começar a trabalhar com UX)
“O ROI, Retorno de Investimento, do termo inglês Return on Investiment, ou ainda, ROR, Rate of Return, mede o ganho ou a perda em um projeto, em relação ao que foi investido.”
Aquela ideia de que o design entra como uma camada no final do processo, quando o back end já está todo estruturado e o pessoal do design entra para dar um “tapa no visual” é um grande desperdício de potencial e otimização de investimento.
Em 2002, Aaron Marcus publicou na revista User Experience um artigo falando sobre Return on Investment for Usable UI Design (ROI para a Usabilidade do Design da User Interface). No artigo o autor diz que podemos ter alguns tipos de retorno em cima do investimento feito em projetos de usabilidade e UX.
Indicadores de ROI interno:
- Aumento da produtividade do usuário
- Diminuição dos erros do usuário
- Diminuição dos gastos com treinamento
- Economia de dinheiro fazendo alterações mais cedo no ciclo de vida do produto
- Diminuição dos gastos com suporte a clientes/usuários
Indicadores de ROI externo:
- Aumento das vendas
- Redução de custos de suporte ao consumidor e SAC
- Economia fazendo alterações mais cedo no ciclo de vida do produto
- Redução dos custos de treinamento de vendedores externos e implementação
Todos esses indicadores são relacionados a $dinheiros$ que saem do seu caixa! Deixar de gastar é uma ótima forma de lucrar e oferecer uma boa experiência, como dizem os indicadores acima, bate muito nesse ponto!
Investir antes para economizar depois, o famoso “prevenir para não remediar”
Quando nos referimos a UX design estamos falando de satisfazer necessidades de uma forma agradável e fluída. Um outro ponto excelente que as metodologias do user experience design podem ajudar significativamente é o grau de “assertividade” da solução.
Imagine que você vai montar um time de desenvolvedores e passar um bom tempo estruturando, construindo e deixando 100% redondo todos os módulos e desdobramentos do seu produto. Mas depois do lançamento você descobre que seu sistema, app ou solução, que apesar de tecnicamente incrível, ainda não está tão legal assim aos olhos do cliente.
Muitas vezes o problema é na usabilidade, onde você talvez não se preocupou o suficiente com as convenções, nomenclaturas ou em seguir uma lógica baseada no contexto do usuário.
A medida que você recebe feedbacks ou reclamações (onde inclusive você já gasta seu tempo e dinheiro tendo que explicar para o cliente a forma correta de fazer aquela ação), inevitavelmente você vai acabar gastando mais com desenvolvedores fazendo ajustes, mudando telas, redesenhando e reconstruindo esses pontos. Se você já começa “certo”, menos $ e trabalho de corrigir problemas você terá.
Se precisar de treinamento ou manual geralmente é porque não está fácil o suficiente
Pare para pensar no quanto você gasta com implementação, treinamento e criação de sistemas de ajuda ou manuais. Esse é outro ponto que um bom projeto de UX pode ajudar a solucionar.
Costumamos dizer que se você precisar explicar como fazer uma ação é porque isso simplesmente não está bom o suficiente! A culpa do “não entendimento” de algo quase NUNCA é do usuário, tenha isso em mente.
A obrigação de fazer ser fácil e óbvio é sua e não do cliente que em algumas empresas precisa fazer quase uma pós graduação para aprender a usar o seu produto :O
Se você trabalha com uma boa usabilidade, um bom onboarding e cria bons gatilhos nas interfaces deixando claro nas entrelinhas o que pode ser feito e como fazer, você não vai mais precisar deslocar várias horas e funcionários para ensinar essas pessoas.
Pense em perspectiva na agilidade e escalabilidade que isso pode trazer para seu negócio!
Produtos que se vendem sozinhos <3
Sabe quando algo é tão bom que se vende sozinho? Com um bom UX você consegue facilmente fazer uso da validação social (outros falando bem de você), do poder da recomendação e do boca a boca, além de facilitar a vida do seu vendedor em uma venda direta ou ainda ajudar a versão de demonstração/trial falar por si só! São oportunidades únicas quando seu potencial cliente tem contato pela primeira vez com seu produto, você definitivamente não vai querer frustrá-lo!
Produtos incríveis se vendem
quasesozinhos, este é um excelente incontestável argumento para você investir em UX!
Se o que você oferece resolve um problema REAL do cliente, tem um excelente desempenho, é fácil de usar e traz satisfação para esse usuário, parabéns, você já tem meio caminho andado. (Veja aqui como agregar valor ao seu produto com UX)
E pra fechar, essa animação da Susan Weinschenk da Human Factors International, aborda de forma lúdica e com uma mensagem bem clara a importância do UX no ponto de vista do retorno sobre o investimento (ROI). Dá um play 😉
Não deixe de conferir também:
Esse case foi acompanhado e relatado por:
UX Strategist, palestrante, facilitadora e mentora com mais de 15 anos de experiência em UX.